Sim, o gris do céu ainda me toca. Há um qualquer dentro de mim insaciável buscando a cada nova música uma batida descompassada diferente das que coleciono. Tudo que é muito reto me cansa. Me encanta incertezas e mistérios.
As fotografias que me guardam, não guardam a mim, mas a um espectro do que fui um dia. Talvez nem melhor, nem pior; com menos tinta no corpo e menos cores na alma.
O tempo tem inúmeras vantagens, é um grande contador de histórias. Algumas vem à tona tão somente quando paramos o olhar através de uma janela. Contando as gotas da chuva uma a uma com uma xícara de chá e um incenso perfumando a memória. Sou fadada ao clichê. Há partículas universais que irão sempre me ganhar. E quão contraditório isso pode ser se ao mesmo tempo necessito de movimento e de mudanças?
Não existe "pause" no meu toca discos. Que o blues rasgue o silêncio do dia e me carregue pra bem longe. Nesse bem longe às vezes me perco em algum eu que já não caibo mais, mas tudo bem, eu gosto mesmo dessas visitas, dessas memórias, como quem assiste mil vezes o mesmo filme e se encanta toda vez.
Abro meu livro favorito do Eduardo Galeano e pondero se acendo ou não um cigarro.
Nesse hiato de segundos tão vagarosos e lentos, penso em todas as hesitações, vírgulas e adeus e me pergunto quando a roda da vida vai girar e me levar de novo pro oi que sinto tanta falta de te dar.
Talvez o cheiro do café me conforte enquanto o tempo não passa.
As fotografias que me guardam, não guardam a mim, mas a um espectro do que fui um dia. Talvez nem melhor, nem pior; com menos tinta no corpo e menos cores na alma.
O tempo tem inúmeras vantagens, é um grande contador de histórias. Algumas vem à tona tão somente quando paramos o olhar através de uma janela. Contando as gotas da chuva uma a uma com uma xícara de chá e um incenso perfumando a memória. Sou fadada ao clichê. Há partículas universais que irão sempre me ganhar. E quão contraditório isso pode ser se ao mesmo tempo necessito de movimento e de mudanças?
Não existe "pause" no meu toca discos. Que o blues rasgue o silêncio do dia e me carregue pra bem longe. Nesse bem longe às vezes me perco em algum eu que já não caibo mais, mas tudo bem, eu gosto mesmo dessas visitas, dessas memórias, como quem assiste mil vezes o mesmo filme e se encanta toda vez.
Abro meu livro favorito do Eduardo Galeano e pondero se acendo ou não um cigarro.
Nesse hiato de segundos tão vagarosos e lentos, penso em todas as hesitações, vírgulas e adeus e me pergunto quando a roda da vida vai girar e me levar de novo pro oi que sinto tanta falta de te dar.
Talvez o cheiro do café me conforte enquanto o tempo não passa.
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