La negra y la rosa - Juan Ramón Jiménez

"Una realidad invisible anda por todo el subterráneo, cuyo estrepitoso negror rechinante, sucio y cálido, apenas se siente. Todos han desejado sus periódicos, sus gomas y sus gritos; están absortos, como en una pesadilla de cansancio y de tristeza, en esta rosa blanca que la negra exalta y que es como la conciencia del subterráneo." - La negra y la rosa - Juan Ramón Jiménez

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Um Marlboro Light maço, moço, por favor.

Há dias em que jogo a isca só para ver se me pego.
Tento há anos entender qual é a dessa figura. Será que cada botão tem mesmo uma função? Quando é que nos formamos? Paramos completamente ou a deformação é contínua até o fim das primaveras? Quanto de cada andante que cruzou nossas passadas nos restou? Quanto levou? Quanto dos que ainda nos cruzam, atravessam, nos medem? Nos moldam?
Há lembranças que engavetei de pessoas que não vejo há  20 anos pelo menos... Outras de quem nem conheci. Ouvi, apenas. Há ainda de uns e outros que deixam nesses arquivos a forma exata da sombra que ocuparam enquanto presentes, em carne. E que nome dar a esta ausência presente?
***
O cigarro foi um dos meus melhores amigos, confidentes... Bem, até poucos dias. Romper este laço é algo dilascerante. Fazia parte de minha personalidade, mais que um adorno... Se tornou praticamente um membro místico, extenção em minha mão direita, como a faca que se empunha quando se parte à luta.
Foi meu consolo e minha celebração.
Hoje é apenas meu desejo, que quase primitivo me angustia. - Com quem travo guerras na tentativa de me convencer de que o café e a cerveja um dia serão tão bons quanto na companhia insubstituível de um Marlboro Light maço, por favor. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Minha lista de blogs