La negra y la rosa - Juan Ramón Jiménez

"Una realidad invisible anda por todo el subterráneo, cuyo estrepitoso negror rechinante, sucio y cálido, apenas se siente. Todos han desejado sus periódicos, sus gomas y sus gritos; están absortos, como en una pesadilla de cansancio y de tristeza, en esta rosa blanca que la negra exalta y que es como la conciencia del subterráneo." - La negra y la rosa - Juan Ramón Jiménez

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Fé cega, fé que enxerga, fé que faz.

Todo ser humano possui fé.  A fé te faz caminhar, te faz prosseguir, te arranca esperança plantando sonhos, visualizando o futuro que você quiser. Não me refiro à religiões apenas. Fé em cada um, na amizade, nas pessoas e na bondade que ainda pode existir nesse mundo, fé na vida, em dias melhores.
Às vezes a fé se perde no meio do caminho. Mas isso nunca é por muito tempo nem deve ser definitivo. No entanto, para resgatá-la ou mantê-la é necessário alimentar a alma. Não é papo de gente pequena. A alma seca, enrijece, petrifica, descolore. E é exatamente com o oposto que se alimenta.
Alma precisa de cor, cheiro, sabor. Precisa de palavras bonitas, dias chuvosos, mar barulhento, gato carente, fruta suculenta, sanduíche quente, perfume amadeirado, flor aberta, brisa leve, temporal, luz apagada, vela acesa, casa limpa, casa cheia, lençol novo, livro novo, livro velho, um barzinho cheio de amigos, música favorita no replay, filme antigo passando na TV, uma temporada inteira do seriado favorito e pipoca com açúcar mascavo, uma xícara de chá quente e uma coberta xadrez no inverno, cheiro de comida de vó, pizza quente saindo do forno à lenha, um jardim florido, um girassol sorrindo, uma borboleta dançando no ar, um lenço colorido, um baralho preferido, um incenso forte, sal grosso pra trazer sorte, plantas em vasinhos diferentes, gente diferente, um óculos quadrado, outro redondo, um sofá espaçoso, rasgado ou até furado, um maço de cigarros, um avil amarelo, uma taça de vinho ou de espumante, um tempo só pra gente, gente simples contando histórias de um passado bonito, gente humilde dividindo o que tem, pauzinho de canela e cravos na sobremesa ou na bebida, grama cortada, terra molhada, um dia de folga, um dia rendido, rendado, remendado, cheio de rendas tecidas cada nó com muita fé...
...

“Andar com fé eu vou...que a fé não costuma falhar...”

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